Como prometi, ai vai mais um texto da revista do seminário 2008.
Esse é da Iana Coimbra e o seu título é: Aprendendo com Carlos Drummond de Andrade.
No meio do caminho tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
Tinha uma pedra
No meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
Na vida de minhas retinas tão fatigadas
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
Tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.
Drummond não era seguidor de nenhuma doutrina protestante, mas neste simples poema, ele relatou algo que considero profundamente bíblico: as pedras existentes no meio do caminho e a necessidade de não se esquecer delas, mesmo nos momentos mais exaustivos, mesmo com o passar dos anos.
Lembro então de alguns momentos históricos onde lá estavam: as pedras!
Foi uma pedra que Jacó encontrou ao fugir da presença de seu irmão Esaú. Fez dela um travesseiro e teve um sonho que marcou sua história: sua primeira experiência com Deus.
(Gn. 28:10-22)
Do encontro com esta pedra, Jacó partiu para uma jornada de vitórias e derrotas, mas marcante e totalmente sem volta. Uma jornada pautada pelo recomeço de uma vida destruída, mas pelo início de uma vida de obediência ao Deus vivo.
Moisés também teve uma pedra em seu caminho. Uma pedra que selou um destino bem diferente ao que tinha ansiado por tantos anos. Orientado por Deus a tocar na rocha para matar a sede da multidão, Moisés permitiu que seu cansaço e até mesmo incredulidade, o afastassem definitivamente da Terra Prometida.
(Nm. 20:11-12)
Moisés permitiu que a pedra no meio do caminho fosse maior que sua fé, que seus sonhos, que as ordens de Deus, do que sua própria vida como líder.
Há ainda mais dois registros bíblicos que gostaria de ressaltar. Um está relatado em I Reis 18. Nesta passagem encontramos o desafio entre Elias e os profetas de Baal. Elias tomado de autoridade usou 12 pedras que representavam as 12 tribos, que por sua vez traziam à memória as promessas do Senhor ao longo das gerações. As pedras que ele encontrou no caminho foram utilizadas para erguer um altar santo e agradável que envergonhou o inimigo e exaltou o Verdadeiro Deus.
Por fim, uma pedra final, cruzou o caminho do Mestre: Jesus Cristo. Após ser crucificado Ele foi colocado dentro do sepulcro, e uma pedra, colocada para selar a morte. Satanás acreditava que aquela grande pedra colocada na entrada, impediria que o Filho do Deus Vivo, cumprisse Sua missão na Terra. Mas mal ele sabia que ela fazia justamente parte do grande plano. (Mt. 28:2).
A pedra que significava a consolidação da morte, para Cristo foi a prova da ressurreição. A pedra no caminho de Cristo, se tornou um pequeno grão diante de todo o plano maravilhoso que ali foi traçado. De símbolo de maldição, ela virou símbolo de ressurreição!
No seu caminho provavelmente já apareceram várias pedras. Não importa como você as chama, o que faz a diferença é a forma como você as trata e se relaciona. E o mais importante é fazer como Drummond, ao encontrar uma pedra, fique atento. E mais, não permita que este encontro caia no esquecimento, mas use-o como um marco, um memorial erguido ao Único Deus.
Espero que essa palavra ajude você a lidar de maneira sábia com as pedras que surgem no caminho!
Thaty Nogueira
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAs pedras sempre teram em nossos caminhos... E é interessante ler isso pq ele nem evangélico é e de uma maneira bem delicada nos ensina a tirar a pedra e seguir em frente! Como sempre mas um texto sempre para somar...
ResponderExcluirBeijokas!
Bizinha Matas!
É VERDADE... FOI COM UMA PEDRA QUE DAVI DERROTOU GOLIAS EM NOME DO SENHOR!
ResponderExcluir